Na semana do Dia do Amigo apresento aos meus leitores um texto da historiadora e amiga deste blogueiro, Rosiane Rigas. A autora discute a nova onda de promoção da vida humana no Facebook.
Não há um dia em que não me depare com citações de filósofos, poetas, escritores, dramaturgos, teólogos, músicos e santos postadas no Facebook...
Sem dúvida que esta virou uma forma de difundir, de maneira bastante rápida e positiva, aquilo que alguns – como o historiador March Bloch, por exemplo , chamam de cultura erudita, isto é, advinda de pessoas que foram, ou são, a seu tempo, produtores de conhecimento e formadores de opinião nas mais diversas áreas do conhecimento humano.
E como é bom e edificante iniciarmos nossas atividades diárias embebidos de palavras da Bíblia, de Fernando Pessoa ou de William Shakespeare, e embalados por versos cantados por Chico Buarque, Roupa Nova, Mercedes Sosa e Ministério Adoração e Vida, só para citar alguns exemplos.
Mas, em meio a esta miríades de pensamentos – alguns, sem dúvidas sensacionais –, eu também me pergunto: estes novos difusores de opinião – que aqui chamarei de “facelósofos” -, postam tais mensagens porque as põem em prática na sua própria vida, ou dão às mesmas o caráter de “receitas de vida” para outrem??? Estas citações os desafiam a mudar a sua própria forma de ver o mundo ou dão fomento à fórmula “façam o que eu mando, mas não façam o que eu faço”?
Esta é apenas uma reflexão pessoal que ora partilho, mas no fundo, o que desejo mesmo, é que, ao apreendermos tais palavras, não deixemos de pensar por nós mesmos. E que tais citações nos sirvam de “ferramentas” para dialogarmos com o mundo de hoje e seus questionamentos. Afinal de contas, somos nós quem vivemos o “aqui” e o “agora” e são os nossos próprios dizeres, nossas prórias expressões, que precisam ser construtores de um mundo melhor e mais fraterno.
Torço, então, para que, desta turma de “facelósofos” - que utilizam de forma tão construtiva o Facebook -, possamos receber palavras inspiradas de seus próprios corações, a fim de que, num futuro não muito distante, elas sejam também eternizadas - a exemplo de tantos Mestres Pensadores.
Avante “facelósofos”! Continuemos a ajudar a promover a vida humana com as nossas próprias palavras! E viva a liberdade de expressão! (Rosiane Rigas)